LÍNEAS DE NASCA.



24/10/2010

Nasca é uma cidade pequena, encravada no meio do deserto. As instalações são bem humildes, embora exista uma horda de estrangeiros vagando pelas ruas com alguma grana no bolso para gastar.
As informações para o voo sobre as linhas são um tanto desencontradas e todos querem vender um pacote para os turistas. Tem muito gringo na cidade para fazer o passeio. Resolvemos ir direto ao pequeno aeroporto para buscar informações e começar a aventura.
 Contratamos o voo com a Travel Air - http://www.nazcatravelair.com/ - por U$ 80,00 por pessoa, para voar num avião para quatro pessoas. Voamos com um casal de australianos. O aviãozinho era um monomotor CESNA - 206, com quase 30 anos de uso. O barulho do motor é o mesmo do Volkswagen 1600. É como voar numa máquina de lavar roupas com asas.
O dia estava perfeito. Céu azul e limpo sobre o deserto ensolarado. O voo é executado a apenas 150 m de altitude. O piloto vai narrando as manobras e as figuras, enquanto os passageiros recebem as informações pelos fones de ouvido.
O voo durou cerca de 30 min e avistamos 13 figuras na vastidão do deserto. Foi emocionante pelo sentido misterioso das linhas e pelos solavancos da aeronave.
À noite, fomos ao pequeno planetário do Hotel Nasca Lines. Neste hotel viveu Maria Reiche, a alemã que dedicou 50 anos de sua vida ao estudo das linhas. A apresentação trata sobre a teoria astronômica das linhas, formulada por Maria Reiche. Ficamos um bom tempo conversando com Roberto, o jovem operador do planetário. Observamos a Lua cheia e conseguimos tirar uma foto maravilhosa pelo telescópio.
Jantamos na melhor "pizzodiscoteca" de Nasca. Um local curioso que mudava de vocação, enquanto os clientes comiam. Não temos certeza se o pizzaiolo e o disc jockey eram a mesma pessoa que tocava a música do Papanamericano de forma insistente.